Você faria algo de ruim para alguém que você ama?
A resposta a essa pergunta será sempre não, independentemente a quem você a faça e em quaisquer circunstâncias, mas então por que é que tantos casais brigam e fazem mal um ao outro?
Não falo aqui de feminicídio, de agressões, de assédio moral.
Tudo isto também ocorre e muito.
Ao que me refiro é ao fazer chorar, ao gerar raiva, ao tirar as perspectivas de futuro quando frustra sonhos, desejos e planos.
As brigas de casais envolvem tudo isto muitas vezes.
É um ciúme por alguma coisa sem sentido, é o mau-humor por outras razões que se desconta no outro, é a perda do respeito.
Quando se levanta a voz, quando não se escuta a outra pessoa, quando se toma atitudes no calor da emoção.
Tudo isto é fazer mal ao outro.
Depois vêm as desculpas, os arrependimentos, as tentativas de reconciliações e muitas vezes nada disso adianta mais.
As relações são como a busca do ouro e ter um bom relacionamento é mesmo algo tão valioso quanto.
Você escava diariamente à procura daquela pepita valiosa.
Escavar é se relacionar, é interagir, é conviver.
Por várias vezes, a pepita aparece, mas é pequena e não vale.
Raramente se encontra uma pedra realmente valiosa.
Mas quando se observa os caminhos que levaram a essa busca, se foram sem reflexão e sem ponderação, se verá grandes sulcos abertos na terra do relacionamento, contaminações tóxicas pelos comportamentos e a exaustão daquela relação.
Como na busca desregrada pelo ouro.
O que sobra é a degradação e falta de futuro.
É preciso escavar com cautela, preservando o terreno e tendo a visão de que onde se escava é o mais importante.
E a grande resposta para isso é o amor.
Então pergunte a si mesmo se você ama de fato aquela pessoa que está com você e se ela também o ama.
Se não houver amor, não haverá nada.